Os inventários de existências numa empresa podem representar um dos seus maiores ativos. Um elevado valor no inventário, para além do risco da sua desvalorização, pode levar a elevados custos de posse. Por outro lado, uma reduzida quantidade de inventários pode levar a riscos de rutura e impedir a satisfação das necessidades dos seus clientes. Daqui se conclui que a gestão dos inventários é critica no processo da condução dos negócios.
Os inventários dividem-se quanto à sua natureza e podem ser de:
- Mercadorias; - Matérias-primas; - Matérias subsidiárias; - Produtos em curso; - Subprodutos e resíduos; - Produtos acabados; - Materiais diversos; - Embalagens
Independentemente do sistema de inventário que as empresas utilizem (Intermitente ou Permanente), são obrigadas a efetuar contagens físicas dos bens que possuem em algum momento. No caso do sistema de inventário intermitente, terá de o fazer, pelo menos, uma vez no final do período, no caso do sistema de inventário permanente poderá optar pela contagem no final do período ou por contagens periódicas dentro do período, na condição de cada bem seja contado, pelo menos, uma vez.
A contagem e valorização dos inventários a 31 de Dezembro devem ser reproduzidas numa listagem que contenha a identificação da empresa, a classificação do tipo de inventário e a data de realização do mesmo.
A Comunicação dos inventários à Autoridade Tributária é obrigatória e realizada até ao final do mês de janeiro, para as empresas, empresários e outras entidades que:
- Tenham contabilidade organizada;
- Que tenham sede, estabelecimento estável ou domicílio fiscal em território português;
- Que no ano anterior tenham excedido os 100.000,00 euros de faturação.
Se a comunicação dos inventários não for cumprida, as entidades sujeitam-se a uma coima que pode ir de 200 a 10 mil euros.
Boas Contagens!
João Reis
Licenciado em Auditoria - Contabilista Certificado